Segmento foi o que mais avançou, seguido por assets especializadas no setor imobiliário, cujo número aumentou 167%
A quantidade de gestoras de fundos especializadas em crédito privado foi a que mais cresceu nos últimos seis anos em comparação a assets com foco em ações, mercado imobiliário, empresas fechadas, renda fixa e as que não têm uma especialidade única, no caso das multiestratégias.
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que, até abril, havia 164 operações que priorizam títulos de renda fixa privados (CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, debêntures e FIDCs) — em 2019, eram apenas 60. Ou seja, o número de gestoras de crédito privado avançou 173%.
Neste intervalo, os juros subiram de 2% para 15%, favorecendo ativos de renda fixa, em especial as carteiras com a “pimenta” do crédito privado.
Como muitos desses títulos são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, tornaram-se ainda mais
atrativos nesse cenário, impulsionando o crescimento dessas gestoras, afirma Pedro Rudge, diretor da entidade, em nota.
Como resultado, a participação do crédito bancário (CDBs, LCIs e LCAs) nas carteiras dos fundos passou de
6% para 10%, enquanto o crédito não bancário (debêntures, CRIs e CRAs) dobrou, de 4% para 8%. Juntos,
esses ativos representavam 10% das carteiras em 2020 e chegaram a 18% em 2025.
A participação de fundos estruturados, como os de direitos creditórios (FIDCs), imobiliários (FIIs) e de
investimento privado (FIPs) também cresceu no período analisado, passando de 3% para 5%.
Em segundo lugar em crescimento no intervalo avaliado, ficaram as gestoras que atuam no setor
imobiliário, que saltaram de 34 para 91, ou seja, um aumento de 167%. Em terceiro, vêm as que investem
em empresas fechadas (private equity), com avanço de 79%. O número de gestoras que atuam no
segmento saltou de 87 para 156.
Já as gestoras multiestratégias (sem compromisso com uma estratégia específica), que são maioria no
mercado, cresceram 38%, de 356 para 492 casas. As especializadas em ações avançaram 24%, passando
de 112 para 139, enquanto as de renda fixa cresceram de 21 para 23, com alta de 9,5%.
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