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FIDCs multicedente/multisacado: a ascensão de uma solução de financiamento alternativa

Com a taxa Selic em patamares elevados e uma previsão de alcançar 15% ao ano, o mercado de crédito brasileiro tem passado por uma transformação significativa. As empresas de pequeno e médio porte enfrentam dificuldades crescentes para acessar linhas tradicionais de financiamento, principalmente devido ao custo médio do crédito que já atinge 24,2% ao ano. Por outro…

Fonte: BMC News (imagem ilustrativa)

Com a taxa Selic em patamares elevados e uma previsão de alcançar 15% ao ano, o mercado de crédito brasileiro tem passado por uma transformação significativa. As empresas de pequeno e médio porte enfrentam dificuldades crescentes para acessar linhas tradicionais de financiamento, principalmente devido ao custo médio do crédito que já atinge 24,2% ao ano. Por outro lado, investidores estão à procura de alternativas que ofereçam retornos superiores ao CDI e maior diversificação de risco. Nesse cenário, os FIDCs multicedente/multisacado (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) têm ganhado destaque, oferecendo soluções de financiamento mais acessíveis para as empresas e oportunidades mais atrativas para investidores.

De acordo com Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações, “ao comparar as taxas de juros, vale a pena observar também a estrutura das operações. Nos bancos, além da diversificação das taxas, muitas vezes existem custos adicionais que não estão presentes nos FIDCs, que se tornam uma solução mais simples e transparente.” Os FIDCs, além de apresentarem excelente rentabilidade, oferecem maior previsibilidade e segurança para os investidores, especialmente em um ambiente econômico desafiador e de juros altos.

FIDCs Multicedente/Multisacado: O Novo Caminho para Empresas e Investidores

Com a Resolução 4.966 do Banco Central transformando a forma como as instituições financeiras calculam a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD), os FIDCs multicedente/multisacado se tornam instrumentos essenciais para a otimização dos resultados financeiros das empresas e a diversificação de carteiras de investimento. O patrimônio líquido (PL) é um indicador-chave para avaliar a capacidade e a solidez desses fundos, refletindo tanto a confiança dos investidores quanto a escala operacional alcançada.

Recentemente, um levantamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelou os 10 maiores FIDCs multicedente/multisacado do Brasil com base em seus patrimônios líquidos. RED Asset lidera o ranking com R$ 5,3 bilhões em PL, seguida pela Multiplike (R$ 3,1 bilhões) e Athenabanco (R$ 2,8 bilhões). Esses fundos se destacam pela diversificação de produtos e pela estruturação de operações de securitização, uma estratégia cada vez mais comum entre grandes casas do mercado financeiro.

Como os FIDCs Estão Transformando o Mercado de Crédito

O crescimento acelerado dos FIDCs está atrelado ao aumento da democratização do crédito no Brasil. Esses fundos permitem que investidores financiem diretamente carteiras de recebíveis empresariais, criando uma ponte eficiente entre capital e empresas, especialmente em tempos de juros elevados. Com estruturas flexíveis, mecanismos de mitigação de risco (como subordinação de cotas e garantias reais) e maior transparência, os FIDCs oferecem retornos mais atrativos que os produtos tradicionais de renda fixa.

De acordo com Fábio Murad, os FIDCs são uma alternativa mais vantajosa, tanto para empresas que buscam captação de recursos quanto para investidores que buscam maior rentabilidade. “Essa ferramenta vai permitir identificar melhor os perfis que estão se degradando no crédito e fazer ações de recuperação antecipada. Da mesma forma, os perfis que demonstrarem estabilidade ou melhora de crédito terão melhores condições no mercado”, afirma Murad.

A Competição Aumenta: Top 5 FIDCs Multicedente/Multisacado no Brasil

A competitividade entre os FIDCs tem se intensificado, com os fundos alcançando números expressivos em aquisições de recebíveis. Em março de 2025, Athenabanco liderou o volume de crédito com R$ 1,3 bilhões, seguido pela Multiplike, que registrou R$ 1 bilhão, e pela RED Asset, com R$ 955 milhões. A liderança de Athenabanco no volume de crédito reflete sua capacidade de otimizar processos e garantir maior eficiência na captação de recursos.

Essa transformação no mercado de crédito, impulsionada pelos FIDCs, é um reflexo do novo ciclo econômico do Brasil. Os FIDCs, com sua estratégia de financiamento flexível e eficiente, têm se consolidado como uma solução crucial para empresas e investidores que buscam navegar em um cenário desafiador e imprevisível, marcado pela alta dos juros e pela necessidade de maior proteção e diversificação de risco.

O Futuro dos FIDCs no Brasil

Com a digitalização do mercado e a expansão do crédito para setores como o agronegócio, construção civil e infraestrutura, os FIDCs continuam a crescer e a desempenhar um papel cada vez mais relevante na modernização do sistema financeiro nacional. A maior transparência, a mitigação de riscos e a capacidade de oferecer retornos mais atrativos tornam os FIDCs uma alternativa estratégica e sustentável tanto para investidores quanto para as empresas que buscam fontes de financiamento mais ágeis e vantajosas.

Conclusão: O Papel dos FIDCs no Novo Ciclo Econômico Brasileiro

Os FIDCs multicedente/multisacado estão na vanguarda da transformação do mercado de crédito no Brasil, oferecendo soluções mais acessíveis e eficientes para empresas e investidores. Com um patrimônio líquido robusto, uma estratégia bem estruturada e um papel crescente na diversificação de carteiras de crédito, esses fundos têm o potencial de se tornar peças-chave na modernização do sistema financeiro brasileiro nos próximos anos.

Fonte: https://bmcnews.com.br/2025/05/14/os-10-maiores-fidcs-do-brasil/

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