FIDC: um aliado para empresas e investidores

Ao fornecer crédito a negócios de diversos tipos e tamanhos, fundo de investimento em direitos creditórios produz círculo virtuoso para a economia A crítica de que o mercado de capitais estaria longe da economia real encontra um forte argumento contrário nos FIDCs, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios. Os FIDCs elevaram a sua participação…

Ao fornecer crédito a negócios de diversos tipos e tamanhos, fundo de investimento em direitos creditórios produz círculo virtuoso para a economia

A crítica de que o mercado de capitais estaria longe da economia real encontra um forte argumento contrário nos FIDCs, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios.

Os FIDCs elevaram a sua participação na indústria de fundos nos últimos anos. Os seus atributos de proteção e retorno acima da média da renda fixa têm provocado boa captação, especialmente após a revisão normativa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que liberou os FIDCs para o varejo. Ao mesmo tempo, vemos uma diversificação de ativos-lastros, conforme mais empresas, de diferentes setores e espectros, buscam captar recursos via FIDCs.

Por isso, quem investe em FIDC está não só gerando benefícios para sua carteira, mas também apoiando todo um sistema que entrega soluções personalizadas de securitização e financiamento às empresas nacionais. Ao fornecer crédito a negócios de diversos tipos e tamanhos, o FIDC produz um círculo virtuoso para a economia.

Não cansamos de repetir a expressão cunhada por nós: todo crédito é “fidicável”. O FIDC contempla desde fintechs proeminentes, de créditos mais diversos, que captam milhões por meio da estruturação de um fundo de recebíveis próprio; até instituições de ensino, que viabilizam mensalidades garantidas por negociação de recebíveis com FIDCs; ou mesmo administradoras de condomínios de prédios, que podem integrar um FIDC para financiar a execução de obras, como a instalação de portaria virtual e painéis solares; apenas para dar alguns exemplos.

Frente a um ambiente árido e pouco inovador no crédito bancário, o FIDC garante “funding” com prazo adequado às necessidades de cada segmento e ainda propicia à empresa uma aproximação com o mercado de capitais. O FIDC também é uma estrutura mais flexível, que acomoda operações de diferentes tipos e que vem se tornando mais barata. A evolução normativa, no volume de investidores e na qualidade dos prestadores de serviço contribui para reduzir o risco e aproximar o custo de operação dos FIDCs das operações bancárias, que incluem IOF.

Enquanto o FIDC cria soluções únicas para cada tipo de negócio e necessidade, o modelo tradicional de crédito bancário se prova pouco flexível para atender às diferentes demandas dos negócios brasileiros, especialmente os de nicho e menor escala. Além de serem mais restritivos em cenários de juros elevados, têm menor maleabilidade: querem encaixar a demanda específica do cliente na prateleira de produtos de financiamento existentes, que precisam de escala para serem criados e executados.

Para quem está conhecendo agora a modalidade, a obtenção de recursos via FIDC pode parecer complexa. No entanto, os processos para as empresas são mais fluidos hoje em dia. Quem vai lidar com toda a complexidade envolvida é o estruturador do FIDC.

Os processos que propiciam uma captação de recursos customizada exigem entendimento de causa por parte do estruturador e uma proximidade com os tomadores de recursos para entender adequadamente a demanda. Cada FIDC calcula uma taxa mínima de cessão, adequada ao nível de inadimplência da operação que está sendo estruturada e os custos do fundo, incorporando também cenários de estresse. E, além de montar o FIDC, é preciso realizar um monitoramento constante dos ativos que constituem uma carteira. Por isso, é fundamental que as empresas busquem a indicação de um estruturador experiente, com histórico comprovado de atuação, que consiga avaliar as especificidades do seu negócio e os riscos de seu segmento, distribuindo de maneira satisfatória o ativo a investidores e tornando-o bem sucedido.

Como esse trabalho dos estruturadores é mais nichado, pulverizado e personalizado, torna-se ágil e dinâmico. Assim, é possível realizar não só as grandes operações que costumam ganhar manchetes, mas também as menores, fomentando negócios de todo tipo no Brasil.

Aos poucos, mais empresas buscam o FIDC, o que cria outro círculo virtuoso. Afinal, uma maior oferta de ativos-lastros contribui para pulverizar e reduzir os riscos das carteiras de FIDCs; com mais divulgação e entrega de retorno consistente, aumenta a percepção de segurança pelo investidor, que investe mais e apoia a geração de recursos para ele e para as empresas.

De tomadores de recursos e investidores, todo mundo está percebendo que o FIDC é um aliado interessante. Ao absorver a demanda por crédito de forma mais próxima da economia real, ele se torna um facilitador de negócios no país; um bem-vindo fomento, que abre caminhos para o desenvolvimento das nossas empresas e do nosso mercado de capitais.

Fonte: https://valor.globo.com/financas/coluna/fidc-um-aliado-para-empresas-e-investidores.ghtml

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