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Crédito privado avança e amplia peso do mercado de capitais no financiamento à infraestrutura

De janeiro a setembro, o BNDES desembolsou R$ 30,7 bi; debêntures incentivadas somaram R$ 96,1 bi O crescimento expressivo do crédito privado neste ano aumentou o peso do mercado de capitais no financiamento à infraestrutura. De janeiro a setembro, o BNDES desembolsou R$ 30,7 bilhões em empréstimos ao setor, enquanto as emissões de debêntures incentivadas,…

De janeiro a setembro, o BNDES desembolsou R$ 30,7 bi; debêntures incentivadas somaram R$ 96,1 bi

Aymar Almeida, da Kinea, diz que há espaço para todas as fontes, diante da grande necessidade de recursos na área: “O Brasil ganhou três BNDES neste ano” — Foto: João Castellano/Valor

O crescimento expressivo do crédito privado neste ano aumentou o peso do mercado de capitais no financiamento à infraestrutura. De janeiro a setembro, o BNDES desembolsou R$ 30,7 bilhões em empréstimos ao setor, enquanto as emissões de debêntures incentivadas, que têm isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, alcançaram valor 213% maior, de R$ 96,1 bilhões, um recorde histórico e 41,7% superior ao registrado em todo o ano passado

Estudo da Vinci Partners mostra que, de 2019 a 2023, o banco financiou mais do que o mercado de capitais em 2020 e 2022. Nos anos em que as captações via debêntures ficaram acima dos desembolsos do BNDES, a diferença máxima havia sido de 77%. “O Brasil ganhou três BNDES neste ano”, compara Aymar Almeida, sócio e gestor dos fundos de infraestrutura da Kinea Investimentos.

Luciana Aparecida da Costa, diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, diz que a instituição participou, entre janeiro e outubro, de ofertas de debêntures incentivadas no valor de R$ 15 bilhões, subscrevendo R$ 11 bilhões desse total. “Houve operações em que demos garantia firme, mas a demanda foi tanta que acabamos ficando de fora, o que não é ruim, porque o BNDES pode alocar em outra operação que não atrairia demanda de mercado.”

Dados do Centro de Estudos do Financiamento das Empresas Brasileiras (Cefeb-Fipe) mostram que o BNDES respondia por 17,5% da dívida financeira total das empresas do país em 2016, fatia que neste ano caiu para 6,6%. “Lá atrás o BNDES era competidor do mercado de capitais e hoje é um atestado de qualidade, ou seja, uma mudança para melhor que veio para ficar”, avalia Carlos Antonio Rocca, coordenador da instituição. Segundo ele, o país caminha para uma melhor composição do sistema financeiro, com crédito bancário focado em prazos curtos, mercado de capitais, no médio e longo, e bancos de desenvolvimento, em médio e longo prazos para pequenas e médias empresas e projetos que não se traduzam em rentabilidade privada, assim como inovação.

Fonte: https://valor.globo.com/impresso/noticia/2024/12/06/credito-privado-avanca-e-amplia-peso-do-mercado-de-capitais-no-financiamento-a-infraestrutura.ghtml

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