• Home
  • Na Mídia
  • Crédito estruturado: como líderes financeiros podem fortalecer a tesouraria da empresa

Crédito estruturado: como líderes financeiros podem fortalecer a tesouraria da empresa

O ambiente de negócios brasileiro exige dos líderes financeiros uma postura cada vez mais estratégica, com domínio técnico, agilidade de execução e visão de futuro. Nesse contexto, o crédito estruturado, em especial, os FIDCs MM deixaram de ser uma solução pontual para se tornar instrumento de estratégia financeira de alto nível. De solução pontual a…

O ambiente de negócios brasileiro exige dos líderes financeiros uma postura cada vez mais estratégica, com domínio técnico, agilidade de execução e visão de futuro. Nesse contexto, o crédito estruturado, em especial, os FIDCs MM deixaram de ser uma solução pontual para se tornar instrumento de estratégia financeira de alto nível.

De solução pontual a visão de longo prazo

Historicamente, os FIDCs MM eram acionados por empresas em busca de fôlego, muitas vezes pressionadas por sazonalidade ou pela limitação de crédito bancário tradicional. Era uma válvula de escape, não parte do motor.

Hoje, empresas consolidadas passaram a integrar o crédito estruturado diretamente no seu planejamento financeiro. Não se trata mais de uma linha alternativa. Trata-se de uma camada adicional de controle, previsibilidade e eficiência na estrutura de capital.

Essa mudança de mentalidade não vem de um dia para o outro, ela nasce da maturidade da liderança. O CFO que entende essa dinâmica não pergunta apenas se há caixa disponível. Ele pergunta:

“Qual a estratégia ideal para sustentar o crescimento da empresa com autonomia e margem?”

Inteligência financeira

Uma empresa que opera com previsibilidade financeira tem maior poder de negociação com fornecedores, pode alongar prazos comerciais com clientes-chave e evita a dependência de capital rotativo.

É aqui que o FIDC MM estruturado se destaca. Ele permite que a empresa:

  • Transforme seus recebíveis em fluxo contínuo de capital, sem abrir mão da titularidade dos contratos;
  • Preserve o balanço, uma vez que o risco é transferido de forma planejada;
  • Ganhe tempo e liberdade para decisões estratégicas, expansão, renegociação de passivo, reinvestimento em ciclo produtivo.

A lógica da antecipação controlada

Um erro comum é associar antecipação de recebíveis a urgência ou fragilidade. No modelo estruturado, o FIDC MM opera como instrumento de fluxo previsível, com regras claras, contratos performados e taxa alinhada ao perfil de risco. Ou seja, uma linha de base financeira integrada à operação, não uma medida emergencial.

Com isso, a empresa:

  • Passa a prever com exatidão o capital disponível a cada período;
  • Reduz a volatilidade do caixa sem recorrer a novos empréstimos;
  • Reforça sua governança financeira perante credores, parceiros e investidores.

Além disso, diferentemente de outras formas de crédito de curto prazo, operações estruturadas via FIDC não estão sujeitas ao IOF sobre captação, o que reforça sua eficiência como estratégia de médio e longo prazo.

Conclusão

A evolução do FIDC MM como ferramenta financeira marca uma transformação importante na forma como empresas estruturam seu capital. Não se trata apenas de acessar recursos, trata-se de construir autonomia, previsibilidade e domínio sobre o fluxo financeiro.

Esse é o movimento de líderes que operam com estratégia, não com urgência.

Não é sobre crédito. É sobre inteligência de capital.

Autor: Volnei Eyng

Fundador e CEO da Multiplike, uma gestora de recursos com 25 anos de história e mais de 30 bilhões de crédito cedido.

Sócio benemérito da ABRAFESC;

Graduado em Administração e Economia;

MBA na HSM Management em Gestão de Negócios;

MBA em Macroeconomia.

Fique por dentro
das principais notícias do mercado financeiro.