Alta nas falências expõe erros na estratégia das empresas

“Não é a falta de crédito que leva empresas à falência, mas a alavancagem mal estruturada. Crédito caro, mal planejado e com prazos curtos compromete a continuidade do negócio” As falências no Brasil voltaram a crescer em 2025 e atingiram um novo pico. Segundo levantamento da Serasa, 4.881 empresas entraram com pedidos de falência ou recuperação judicial apenas…

Não é a falta de crédito que leva empresas à falência, mas a alavancagem mal estruturada. Crédito caro, mal planejado e com prazos curtos compromete a continuidade do negócio

As falências no Brasil voltaram a crescer em 2025 e atingiram um novo pico. Segundo levantamento da Serasa, 4.881 empresas entraram com pedidos de falência ou recuperação judicial apenas no primeiro semestre do ano, um aumento de 6,9% em relação a dezembro de 2024.

O dado acende um sinal de alerta sobre a forma como as empresas estão contratando crédito. De acordo com Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike, a origem do problema não é a escassez de recursos, mas sim a má gestão do capital disponível.

Não é a falta de crédito que leva empresas à falência, mas a alavancagem mal estruturada. Crédito caro, mal planejado e com prazos curtos compromete a continuidade do negócio”, afirma.

Por que as falências continuam crescendo mesmo com crédito no mercado?

Com a taxa Selic em 15% ao ano, o crédito bancário tradicional tornou-se mais caro e restrito. No entanto, ainda existem opções viáveis no mercado, como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que oferecem modelos de financiamento mais alinhados ao fluxo financeiro das empresas.

Eyng destaca que muitas companhias seguem buscando apenas os bancos, ignorando estruturas alternativas que proporcionam mais previsibilidade e proteção de caixa.

O crédito estruturado permite alongar prazos, reduzir custos e alinhar os pagamentos à realidade da operação. Ignorar isso é um erro recorrente que contribui diretamente para o aumento das falências”, afirma.

Como evitar falências em meio aos juros altos?

Em momentos de juros elevados, buscar operações estruturadas se tornou uma saída estratégica para manter a saúde financeira. A Multiplike, por exemplo, atua com operações multicedente/multissacado, utilizando recursos próprios e garantindo agilidade, flexibilidade nas garantias e menor impacto no caixa das empresas.

Parar de tomar crédito pode ser um erro. Mas tomar o crédito errado é ainda mais grave. O endividamento deve ser planejado como parte da estratégia de longo prazo, e não uma resposta desesperada à falta de caixa”, alerta Eyng.

Multiplike prevê R$ 17,5 bilhões em crédito estruturado em 2025

Com foco em médias e grandes empresas dos setores de agro, indústria e construção civil, a Multiplike projeta originar até R$ 17,5 bilhões em crédito estruturado até o fim de 2025. A proposta é desenvolver soluções sob medida com base em recebíveis, ajudando empresas a evitar o risco de falência.

Nosso papel é garantir que o crédito funcione como uma ponte para o próximo ciclo de crescimento, e não como um fardo que arraste as empresas para trás”, conclui Eyng.

Panorama atual das falências no Brasil

  • Falências no 1º semestre de 2025: 4.881 empresas
  • Empresas inadimplentes: 7,2 milhões (31% do total)
  • Taxa Selic: 15% ao ano
  • Projeção da Multiplike: R$ 17,5 bilhões em crédito estruturado

O avanço das falências no Brasil evidencia a importância do planejamento financeiro e do acesso consciente ao crédito. Em um cenário econômico desafiador, decisões estratégicas podem ser a chave para a sobrevivência e o crescimento sustentável das empresas.

Fonte: https://bmcnews.com.br/2025/08/09/alta-nas-falencias-expoe-erros-na-estrategia-das-empresas/

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