Banco inaugura milésimo Smart Hub e quer chegar a 2,5 mil unidades até 2030
de olho no envelhecimento da população e em funcionários públicos

No terceiro trimestre, Agibank registrou lucro líquido de R$ 206 milhões, alta de 49,6%
Enquanto os grandes bancos estão reduzindo sua base de agências, o Agibank segue apostando na
consignado inaugura sua milésima unidade, na cidade de São Pedro, no interior de São Paulo.
E a ideia é não parar por aí. Com plano de alcançar R$ 100 bilhões em concessão de crédito até 2030, o
Agibank planeja aprofundar sua pegada física pelo País. A intenção é chegar a 2,5 mil unidades no período, mesclando atendimento presencial e serviços digitais, para atrair o público pensionista e de baixa renda.
“Quando a gente olha o Brasil de menor renda, baixa
escolaridade, os pensionistas, percebemos que
formatos apenas digitais ou presenciais estão muito
distantes de atender a realidade dos clientes”, diz
Glauber Correa, CEO do Agibank, ao NeoFeed.
Somente neste ano, o Agibank, que conta com a
Vinci Partners como sócia desde 2020, inaugurou 100
dos chamados Smart Hubs pelo País. Nessas
unidades, que não possuem caixa eletrônico, nem
porta giratória, os clientes do Agibank recebem
orientação financeira e auxílio para acessar serviços
financeiros como crédito, seguros, contas e cartões
no aplicativo.
presença em municípios com mais de 50 mil
pessoas, com destaque para as regiões Norte e
Nordeste, onde tem planos de abrir 200 lojas
somente no ano que vem.
A questão do atendimento é particularmente
importante para alcançar o público
pensionista, que vem crescendo fortemente
e é um dos principais focos do banco nos
últimos anos – quase 80% do portfólio de
crédito é composto pelo consignado de
INSS.
Segundo o CFO do Agibank, Marcello Dubeux, os investimentos em
unidades físicas visam a acompanhar o
envelhecimento da população brasileira. Dados do
IBGE apontam que, de 2000 a 2023, a proporção de
idosos (60 anos ou mais) quase duplicou, subindo
de 8,7% para 15,6%. E, em 2070, cerca de 38% dos
habitantes do País serão idosos.
A maior presença física pelo País é vista como um
dos motivos pelo qual o Agibank fechou o terceiro
trimestre com 3,6 milhões de clientes ativos,
aumento de 46% em relação ao mesmo período de
2023, e uma carteira de crédito de cerca de R$ 22
bilhões, alta de 55,2%.
Correa diz que os Smart Hubs possuem custos 90%
menores quando comparados com agências
bancárias, o que torna essa rede muito mais leve
em termos financeiros. “O custo de implantação é
muito baixo, próximo de US$ 30 mil”, afirma.
Para financiar a expansão da base de pontos de
atendimento, o Agibank vai utilizar recursos próprios.
No terceiro trimestre deste ano, o banco registrou
um lucro líquido de R$ 206 milhões, alta de 49,6% em
base anual, com receita de R$ 1,9 bilhão,
crescimento de 41,1%.
Em julho, o Agibank reforçou o caixa com
a emissão de R$ 2,3 bilhões em
debêntures. Três meses depois,
acrescentou mais R$ 400 milhões em letras
financeiras, com o objetivo de manter o
ritmo de crescimento da concessão de
crédito. “Estamos na franja para onde
Com esse plano de expansão, o tema de IPO
invariavelmente volta para mesa. Sobre o assunto,
Correa diz que esse movimento, tanto no mercado
local quanto no exterior, “é sempre analisado”, mas
que a empresa “não tem nada na mesa agora”.
Em relação à notícia publicada pelo jornal Valor
Econômico, que diz que o banco contratou o
Goldman Sachs para vender uma fatia minoritária,
ele se limitou a dizer que “o Agibank não está em
processo de venda”